Este texto é dedicado aos profissionais de imprensa que figuram de sol a sol no intuíto de levar ao "telespectador" a realidade que suas retinas, iris e sentimentos presenciam.
Acompanhando
o dia do basta aqui em Brasília no sábado, 21 de abril (aniversário da capital
federal), não foi difícil notar o árduo trabalho realizado pela imprensa. Mesmo
porque, nós como meros espectadores e desempenhando nosso papel em também
registra-lo em vídeo, passamos por muita dificuldade. Muitas vezes e na
expectativa em fechar o melhor quadro, capturar as situações em que se possa
passar ao publico final (povo), através da WEB, precisávamos correr bastante.
Enfim, subir correndo a avenida dos ministérios, descer correndo, abre tripé,
fecha isso, conecta aquilo...
Acredito não ser necessário expressar a
intensidade do sol naquela manhã, não é mesmo? Pois bem, o dia estava
escaldante, seco e de um céu azul que assombra. Horas depois, conversão dos
frames, pensa, pensa... Como vou casar esse texto, como explicar o que de fato
presenciamos? Ora bolas! Vamos à TV dar uma bela olhada na cobertura final dos
fatos. Afinal de contas não seria esse o momento em que as emissoras fariam jus
ao suor dos seus colaboradores, que diferente de nós, lá estavam exercendo o
seu ganha-pão, trabalho esse garantido após alguns anos de estudos e muito
sacrifício. Pois então, caríssimas e caríssimos, creio não haver necessidade em
citar o emissor, pois, acompanhamos mais de um deles e lá presenciamos trinta,
quarenta segundos sobre um evento importante e que ocorreu em nada mais, nada
menos que 53 cidades brasileiras. “E com vocês, as notícias sobre o futebol!”
Penso eu cá com meus botões: Não seria um
dever da mídia figurar como os olhos daqueles que lá não puderam estar? E se
estavam gritando, “fora a esse ou aquele governo ou nós o amamos, se esgoelavam
CPI quanto aquilo ou queremos manteiga no pão,” não seria importante relatar ao
receptor final exatamente o que aconteceu com seus clamores em bom som?
Pergunto enfim: Haverá mesmo um
desinteresse popular capaz de não se fazer necessário uma cobertura mais ampla
quanto a esses fatos (mesmo havendo lá mais de seis mil participantes)?
Acho mesmo cedo para se falar em censura e
para ser honesto nem gostaria de pensar nessa possibilidade. No entanto faço a
vocês essa pergunta, caso esse não seja um texto digno de ser lido em pouco
mais que 30, 40, 50 segundos...
Atenciosamente mesmo:
Renan Santana.
La Vivienda Libre:
Renan Santana
Juliana Farias.
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